Em janeiro deste ano foi iniciada a vacinação contra Covid-19 no Brasil, desde então 58,7% da população já tomou pelo menos a primeira dose, e com o avanço desse processo, algumas pessoas acreditam não ser mais necessário o uso de máscaras. Porém, com as novas variantes do vírus e pesquisas que indicam que mesmo pessoas mais jovens e saudáveis podem ser infectadas mais de uma vez, os cuidados devem ser mantidos.
O maior objetivo da imunização é diminuir as complicações graves e óbitos pela doença e, mesmo quem já se vacinou, ainda pode contrair ou transmitir o vírus, porém, os riscos de hospitalização e morte são menores.
Os vacinados devem manter a máscara.
Embora tenha sido cogitado pelo Governo a possibilidade da desobrigação do uso da máscara para quem já se vacinou no Brasil, estudos sobre transmissão e infecção comprovam a importância da máscara para diminuir a circulação pelo vírus.
Segundo alguns profissionais da saúde, só é possível considerar a desobrigação quando mais de 75% da população estiver vacinada e a taxa de infecção estiver entre 0,3 ou 0,5. Atualmente a taxa de infecção é de 0,91.
Em um estudo publicado pela Public Health England (PHE), agência de saúde da Inglaterra, mostrou que os vacinados que tomaram a vacina da Pfizer e AstraZeneca tinham menos probabilidade de transmitir a covid-19, entre 38% a 49%. E em outro estudo realizado por profissionais de Israel mostrou que a Pfizer reduziu a transmissão até 75%. Entretanto, essas informações são preliminares e ainda não devem ser a base para mudanças nas regras de segurança para a população geral.
Quem já teve Covid deve continuar o uso da máscara.
Nenhuma vacina tem 100% de eficácia, portanto a máscara ainda é importante para evitar a reinfecção. Além disso, com o surgimento das novas variantes as chances de contágio do coronavírus aumentaram, que podem ter taxas de infecção e letalidade diferentes das cepas que já conhecemos e que foram utilizadas para criação da vacina.
Estudos de cientistas já comprovaram que após a infecção pelo covid-19 alguns pacientes podem criar uma imunidade natural, num período de 50 dias até 6 meses, dependendo do organismo do infectado. Depois desse período, a possibilidade de contrair o vírus volta e já existem casos confirmados.
Portanto, enquanto a maioria da população não for vacinada e a taxa de infecção não diminuir, os vacinas, os que já contraíram a doença e o resto da população devem continuar usando a máscara.